Qual a melhor forma de largar o cigarro e buscar uma vida mais saudável?
O cigarro é responsável pelo desenvolvimento de cerca de 50 doenças diferentes, entre elas estão diversos tipos de câncer e de doenças cardiovasculares. Mas, se o fumo faz tão mal, por que as pessoas têm tanta dificuldade para largar o vício? A explicação é a existência da substância presente na composição do cigarro, a nicotina, que causa dependência química.
Procurar ajuda médica aumenta as chances de parar de fumar
Entretanto, é possível abandonar o cigarro e viver uma vida mais saudável. Para o pneumonologista Mauro Gomes, a melhor estratégia é procurar auxílio médico e ser persistente: “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), menos de 5% dos indivíduos que param de fumar por conta própria completam um ano longe do cigarro. O processo envolve disciplina, já que apenas 20% dos que tentam parar conseguem na primeira vez”.
Como parar de fumar de uma hora para outra é muito difícil, é preciso criar uma programação e segui-la à risca. “O fumante deve escolher uma data, de preferência um dia que não o faça sofrer pressões. Pessoas que fumam mais em fins de semana devem preferir uma segunda-feira, por exemplo”, recomenda o pneumologista. A partir da escolha, o fumante deve deixar de comprar cigarros nos dias que antecedem o grande dia, diminuir a quantidade gradativamente e, na véspera, jogar fora cinzeiros e isqueiros.
Chicletes e adesivos são utilizados por quem deseja parar de fumar
Em alguns casos, podem ser prescritas medicações para ajudar a abandonar o cigarro, que costumam ser utilizadas uma semana antes da data escolhida. O Ministério da Saúde recomenda que os medicamentos devem ser consumidos de acordo com avaliações individuais feitas por um médico e por quem fuma mais de 20 cigarros por dia, por quem começa a fumar 30 minutos depois de acordar e por quem já tentou largar o vício antes.
“Os medicamentos disponíveis para cessação do tabagismo auxiliam com relação à dependência química. A chamada Terapia de Reposição de Nicotina utiliza chicletes e adesivos que repõem certa quantidade de nicotina no sangue, aliviando os sintomas da abstinência”, afirma Gomes. Existem também os antidepressivos e os agonistas de receptores de nicotina, que agem em regiões do cérebro em que a nicotina costuma atuar, provocando efeitos diretos no sistema nervoso central.
Fonte: Cuidados pela vida