Alimentação com frutas regionais: o coração agradece

Caju, cajá, acerola e coco verde são excelentes opções de frutas regionais para fortalecer a saúde do coração

 

Uma das melhores formas de evitar problemas no coração é adotar atitudes saudáveis, dentre elas, a ingestão diária de frutas. "Elas nos fornecem vitaminas, minerais e fibras importantes para o bom funcionamento do organismo", destaca o Dr. Elcio Pires Júnior, coordenador da Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular e das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro.

 

O consumo de frutas tem outras vantagens: além da praticidade, há uma diversidade em seus sabores, afinal, o Brasil é um país tropical. No Nordeste, por exemplo, existem algumas variedades que são típicas da região, bem como caju, cajá e acerola, dentre outras.

 

O teor de gordura do caju, segundo o médico, é menor do que o encontrado em outras frutas e, por isso, é ótimo para o coração. Contribui ainda para reduzir os níveis de triglicerídeos que, quando elevados, aumentam a incidência de doenças cardiovasculares.

 

Quanto ao cajá, Dr. Elcio explica que ele ajuda a fortalecer a musculatura do coração, além de colaborar na redução do colesterol ruim. Já a acerola é rica em potássio e importante para a saúde do coração, pois alivia a pressão sobre o sistema cardiovascular, reduzindo, assim, a pressão arterial.

 

Valores nutricionais

Vale destacar a importância da água de coco. Alternativa abundante no Nordeste, apresenta grande quantidade de sais minerais, principalmente o sódio e o potássio, que funcionam como uma solução fisiológica capaz de hidratar o corpo e eliminar as impurezas.

 

"O potássio encontrado na água de coco é um nutriente extremamente importante para manter em equilíbrio a quantidade de sal e água que os rins eliminam. Sem o potássio, os rins não conseguem retirar o sódio com eficiência. Além disso, é muito hidratante e auxilia para não desidratar nas altas temperaturas", esclarece o médico.

 

Sem excessos

O hábito de consumir frutas é uma forma de equilibrar a ingestão de alimentos que podem ser maléficos à saúde. "O sal, por exemplo, é considerado o principal vilão das doenças cardíacas", ressalta a nutricionista Benedita Jales Souza da Unidade de Insuficiência Cardíaca e Transplante Cardíaco do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (Hospital de Messejana).

 

Composto pelo cloreto de sódio, também conhecido como sal de cozinha, o sal desempenha importantes funções no organismo, no entanto, em excesso, é prejudicial à saúde, favorecendo o aumento da pressão arterial.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda-se o consumo máximo de 2g de sódio, o que equivale a 5g de sal por dia. A nutricionista ressalta que os alimentos já possuem sódio, portanto deve-se ter cuidado nas escolhas alimentares e na quantidade de sal que é acrescentado nas refeições.

 

Anualmente, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 350 mil pessoas morrem de doenças cardiovasculares por ano no Brasil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos, duas vezes mais que todas as mortes decorrentes de câncer e seis vezes mais que as provocadas por todas as infecções no País.

 

Fonte: Vida (Diário do Nordeste)